Mais uma vez o território do Rio Grande do Sul sofre com fortes e intensas chuvas, que em apenas 48 horas acumularam mais de 500 milímitros. Praticamente todas as regiões foram atingidas nos dias 29, 30 de abril e 1º de maio.

O foco mais forte foi nos Vales, na Serra, na região metropolitana de Porto Alegre, no litoral norte, na região de Santa Maria e campanha. As bacias hidrográficas do estado saturaram e inflaram os rios que cortam a pampa gaúcha. Tudo por conta da intensidade e constância da chuva.

Mais de 110 municípios foram atingidos. Muitas cidades ficaram praticamente destruídas pela força e invasão da água. Pessoas perderam suas casas, seus móveis, seus carros e entes queridos. Empresas tiveram perdas de materiais, equipamentos e mercadorias, gerando prejuízos incalculáveis.

As istrações municipais, estadual e federal movimentaram as estruturas da Defesa Civil em parceria com várias organizações da sociedade civil e militar. Todos unidos pela solidariedade em prol dos milhares de atingidos.

As cenas mais chocantes desta enchente  ficam por conta das pontes caindo, estradas abrindo crateras, avalanches de terra molhada, deslizamento de residências, enxurradas de águas percorrendo as ruas, invadindo as casas, levando carros, objetos, animais e pessoas água abaixo. Cenas apocalípticas.

Os números de hoje mostram uma realidade que amanhã deverá estar mudada, mas necessitamos deste registro histórico.

Boletim das 17h30 de quarta-feira (1°/5)

• Municípios afetados: 114
• Pessoas em abrigos: 1.072
• Desalojados: 3.416
• Afetados: 19.110
• Feridos: 11
• Desaparecidos: 21
  Roca Sales (4)
  Candelária (8)
  Encantado (6)
  São Vendelino (2)
  Salvador do Sul (1)

• Óbitos: 12
  Paverama (2)
  Pantano Grande (1)
  Itaara (1)
  Encantado (1)
  Salvador do Sul (2)
  Segredo (1)
  Santa Maria (3)
  Santa Cruz do Sul (1)

A pergunta que fica é: até quando as populações ribeirinhas e de periferias sofrerão com catástrofes climáticas? O que fazer para evitar tanto sofrimento e prejuízos?

Com a resposta os especialistas, engenheiros, ambientalistas, gestores e executivos para resolverem um grande problema para as comunidades atingidas. 

No ano ado, em setembro, as fortes chuvas e ventos causaram mais de 50 mortes no RS e prejuízos enormes à economia dos municípios e estado. 

Os gaúchos não podem naturalizar este problema sem tentar resolver em definitivo. Não é só prevenção, é intervenção.